sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Vale tudo!!!

Vale beijar quantas pessoas possível for e relacionar-se sexualmente com quem quiser, a qualquer lugar ou momento! Vale sair de casa uma semana antes da festa e retornar outra semana ou quinze dias depois de seu término sem ter a obrigação de explicar o que fez, com quem esteve, onde dormiu… Simplesmente só é preciso um dia voltar; e se voltar doente, trate-se você mesmo!

Vale beber, dirigir embriagado, perder o controle do automóvel, pôr a vida das pessoas em risco, assustar famílias, atropelas pessoas e servir de péssimo exemplo para os jovens. Se puder, vale usar o carro dos outros, sem pedir emprestado, devolvê-lo quebrado ou sujo.

Vale também esquecer dos filhos, deixá-los com quem nem temos a certeza de que serão séria e amorosamente cuidados, – pois vale também, é claro, faltar no emprego -; vale dar bebida e carro para menores, mostrar-lhes que a vida é curta e importa aproveitar cada momento até a morte, a bebedeira, o uso das drogas e do sexo sem freios, e vale também explicar-lhes que hombridade e feminilidade são instrumentos de conquista e prazer profundo e momentâneo, pois assim é a vida.

Vale não dar satisfações a ninguém, dar conta da própria vida, oferecer-lhe seu sentido, valor. Que ninguém mande em ninguém sob pena de obstacular o prazer da liberdade assim tão imperiosa e cruel.

Vale segredar tudo a um desconhecido, chorar mágoas nos ombros de um aproveitador, abandonar marido e esposa para se encontrarem depois da festa, oferecendo um ao outro o resto da vergonha e do medo dos atos impensados, inconseqüentes. Vale beber até cair!

Vale tudo e – ao que parece – ninguém reclama, discorda, põe a boca no trombone, defende as famílias, as crianças assustadas de tanta desorientação e vovôs e vovós atônitos. Ninguém quer fazer diferente… Dá medo de ficar só!

Onde será esta festa? Qual país e quais cidades abrigam tal desordem e vandalismo fingindo progresso e ausência de repressão? Que famílias são estas que permitem perder seus filhos por alguns dias sem saberem se um dia retornarão?

Se você souber, será bem possível ter chegado a hora de fazer algo diferente!



Ricardo Sá